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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Riso na parede.

Eu passo por muitas casas quando retorno ao lar-
algumas bonitas
algumas caras
algumas convidativas-
mas meu coração sempre dispara
quando viro a esquina
e vejo minha casa aninhada a colina.
Acho que tenho um orgulho especial
da casa e de sua aparência porque
eu mesmo desenhei a planta.
No começo, ela era grande o suficiente para nós-
eu tinha até um escritório-
agora dois adolescentes dormem lá.
E ela possuía um quarto de hóspedes -
minha menina e nove bonecas são os hospedes permanentes.
Ela possuía um pequeno quarto que Peg
desejava que fosse sua sala de costura-
dois meninos se balançando na porta holandesa
reivindicaram esse quarto para sí.
Então,agora não parece mesmo
que eu sou um bom arquiteto.
Mas ela aumentará novamente-
um a um,eles irão embora
para o trabalho,
para a faculdade,
para o serviço,
para sua própria casa,
e então haverá quartos-
um quarto de hóspedes,
um escritório,
e um quarto de costura
só para nós dois.
Mas ela não ficará vazia-
todos os cantos
todos os quartos
todos os riscos
na mesa de centro
estarão cheio de lembranças.
Lembranças de piqueniques,
festas, natais,
vigílias ao pé da cama, verões,
fogueiras, invernos, andar descalço,
sair de férias, gatos,
conversas, olhos roxos,
formaturas, primeiros encontros,
jogos de bola, discussões,
lavar a louça, bicicletas,
cães, passeios de barco,
chegar em casa das férias,
refeições, coelhos e
milhares de outras coisas
que enchem a vida
daqueles que criam cinco filhos.
E Peg e eu nos sentaremos
em silencio na frente do fogo
e ouviremos os risos nas paredes.

Fonte-Poema de Bob Benson.

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